quarta-feira, 8 de março de 2017

Patagonia 2017: Planejamento da viagem

Nesse post, eu conto  em detalhes sobre como foi o meu planejamento para viajar para a Patagônia, desde o momento em que eu decidi fazer esse roteiro até o momento das reservas e escolha das minhas cervejas!

DESTINOS:
Meu planejamento começou quando eu me dei conta de que precisava tirar férias dentro de menos de um mês e meio para não entrar em férias compulsórias. Joguei no Google ‘para onde viajar em fevereiro’ e um dos primeiros resultados indicava a Patagônia. Eu tinha visto, recentemente, fotos e comentários de muitos amigos e conhecidos que haviam visitado a região nos últimos meses, e achei que a ideia poderia ser interessante. Pesquisei bastante em blogs, no Mochileiros.com e em diversos grupos do Facebook. Acabei decidindo fazer o famoso trio El Calafate, El Chaitén e Puerto Natales, deixando, com algum custo, Ushuaia de fora. Essa opção foi motivada pelo dinheiro e pela distância - seria mais provável eu fazer uma nova viagem à região de Ushuaia do que a Puerto Natales.
Como o voo de São Paulo até El Calafate faz conexão em Buenos Aires, cidade que eu já conhecia e pela qual sou apaixonada, decidi ficar uns dias por lá ao final da viagem. Esse tempo serviria para visitar uma amiga querida que teve um bebê na véspera do Natal 2016, para eu me recuperar do esforço físico na Patagônia, e para dar uma voltinha pela cidade, já que minha última visita datava de mais de quatro anos atrás.

TRILHAS E EXCURSÕES:
Como El Chaltén é a capital nacional do trekking na Argentina, fiquei especialmente encantada por esse destino. Boa parte da minha pesquisa prévia foi sobre as trilhas existentes na cidade, separando quais eu tinha mais vontade de fazer e como seriam. Li bastante a respeito, procurei por tracklogs e também conversei com algumas das pessoas que haviam postado a respeito. Sabia que o clima não ajudava muito e que não se podia ir com pressa, de forma que reservei cinco dias para El Chaltén apesar de ter planos para apenas três deles. Precisava contar com uma folga, que seria usada ou para descanso ou para matar um dia com passeios mais leves caso o clima não permitisse uma trilha mais longa.
Também li antecipadamente sobre dois passeios em El Calafate que me interessavam bastante, o Big Ice (trekking no glaciar Perito Moreno) e o Ríos de Hielo Express (navegação pelos glaciares Uppsala e Spegazzini). São, juntamente com o Mini Trekking (que é uma versão reduzida do Big Ice) as principais excursões na cidade.
Não encontrei tanto material sobre Puerto Natales, mas decidi que gostaria de fazer dois passeios por lá: um de ônibus, chamado ‘Full Day Torres del Paine’, e o trekking até a base das torres. Após pesquisar sobre os horários de ônibus regulares e conversar com quem já tinha ido por conta própria, escolhi fazer com agência, porque, a princípio, teria mais tempo: a agência buscaria no hostel às 6h e devolveria em torno de 21h, enquanto o ônibus regular deixa a cidade às 7h30 e retorna também às 21h.

Reservei com antecedência o Big Ice (empresa: Hielo y Aventura). Não consegui reservar o Ríos de Hielo (empresa: Solo Patagonia) porque a empresa responsável não respondia e-mails. As excursões do Chile eu deixei para reservar de última hora, no hostel mesmo. As trilhas em El Chaitén são todas auto-guiadas, de forma que não precisei me preocupar com elas.

PASSAGENS AÉREAS:
Comprei diretamente com a Aerolíneas Argentinas. Após várias horas brigando com o site deles, que não aceitava nenhum de meus cartões, acabei fazendo a reserva via site e a compra por telefone. Comprei com exatamente um mês de antecedência, então não deu para fazer uma pesquisa muito extensa sobre os preços.

PASSAGENS RODOVIÁRIAS:
Pesquisei com antecedência quais seriam os dias, horários e preços dos trechos que eu precisaria fazer de ônibus, mas não reservei nada com antecedência.

HOSPEDAGEM:
Por ser alta temporada, reservei (através do Booking.com) antecipadamente todos os hostels em que eu me hospedaria. A indicação do hostel de El Calafate (Bla Guesthouse) veio de um dos relatos que havia lido. Porém, como eu pousaria na cidade em mais duas ocasiões, considerei reservar hosteis diferentes para conhecer mais lugares. Fiz uma reserva de uma noite (a intermediária) no Penguin Hostel, próximo à rodoviária (eu chegaria em El Calafate às 21h30 de uma noite para partir às 8h do dia seguinte). Para a última noite em El Calafate eu acabei preferindo ficar no Bla Guesthouse mesmo, para facilitar os trâmites com transfere. Para El Chaitén, eu tinha boas indicações do Pioneros del Valle e Cóndor de los Andes, e acabei optando pelo Pioneros. Encontrei pouquíssima informação disponível sobre Puerto Natales, e escolhi o Patagonia Adventure Hostel na sorte mesmo, diretamente no Booking. Também foi direto pelo Booking que escolhi minha estadia em Buenos Aires, no Play Hostel - a única restrição que eu tinha é que gostaria de ficar em Palermo dessa vez.
Minha nota para cada hostel:
Bla Guesthouse e Patagonia Adventure Hostel: 10
Play Hostel: 8.8
Penguin Hostel: 7.9
Pioneros del Valle: 4.6

BAGAGEM:
Por levar canivete, pederneira e bastões, sabia que teria que despachar bagagem. Minha mochila (Conquista, 75 litros) não viajou tão cheia (não há necessidade de se levar tantas coisas para a Patagônia). Na ida, ela estava com 9 kg. Ainda assim, levei mais coisas do que precisei de fato, e contarei um pouco mais sobre isso em um post futuro.

Eu já tinha toda a roupa necessária para a viagem, incluindo calça e jaqueta impermeáveis, por já ter viajado e trilhado pela Irlanda. Apesar disso, aos 45’ do segundo tempo optei por pegar emprestado o casaco de uma tia, cuja coluna de água era de 5.000 mm contra 2.000 mm do meu.
O único item em que precisei investir foram bastões de trekking. Comprei na Decathlon duas unidades do Forclaz 500 Light, adequado para trilhas longas por ser bastante confortável e, ainda assim, leve. Como eu nunca tinha utilizado anteriormente, marquei uma trilha com amigos em Monte Verde (Pico do Selado) para que eu pudesse testá-los e me acostumar com eles antes da viagem.

O principal para as trilhas era:
Jaqueta de ski First Heat 5.000 mm: R$149,99 na Decathlon (preço de março/2016).
Calça Quechua Rain Cut 2.000 mm: R$79,99 na Decathlon (preço de março/2016) - usar em cima de uma calça confortável, como tactel (meu caso) ou legging.
Botas Timberland Chochorua GTX: trouxe da Irlanda e não sei indicar onde comprar no Brasil, mas custa em torno de R$700 por aqui.

CERVEJA:
Quem me conhece sabe muito bem que meu signo é Cerveja. Cerveja de verdade, não qualquer uma. E todo cervejeiro sabe que o lúpulo patagônico é dos melhores do mundo. Não poderia ser diferente: fiz uma vasta pesquisa sobre as cervejarias artesanais que eu encontraria pelo meu caminho. A maior parte dessa informação eu acabei conseguindo nas próprias cidades, porém já saí com alguns destinos certos em cada lugar:
El Calafate: La Zorra Taproom e Chopen, na Av del Libertador.
El Chaltén: La Cervecería (El Chaltén) e Cervecería Don guerra, na Av San Martín
Puerto Natales: Cervecería Baguales, na Bories, em frente à Plaza de Armas; Cervecería Natales (cuja cerveja está disponível em alguns bares e restaurantes, sendo um deles o Sibaro, na Tomas Rogers, também em frente à Plaza de Armas); Kooten Aike, na Diego Portales.
Estes sete lugares foram cuidadosamente estudados por mim e adicionados ao meu roteiro pessoal para preencher o turno da noite da minha viagem!

Lista dos textos que mais ajudaram no meu planejamento:

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